Abraham Palatnik, pioneiro da Arte Cinética no Brasil, faleceu no dia 9 de maio vítima de Covid-19.
Nascido no Rio Grande do Norte, em 1932 mudou-se com a família para a região onde, atualmente, se localiza o Estado de Israel. Lá, no Instituto Municipal de Arte de Tel Aviv, estudou desenho, pintura e estética. Também teve contato com o que a vanguarda artística internacional estava produzindo.
Mas é em 1948, quando retornou ao Brasil e instalou-se no Rio de Janeiro, que sua vida deu uma grande guinada. Nessa época, as visitas aos ateliês do Hospital Psiquiátrico do Engenho de Dentro, conduzidos por Nise da Silveira, seriam um ponto de mutação em sua carreira. Como ele próprio disse: "o impacto das visitas ao Engenho de Dentro e as conversações com Mário Pedrosa demoliram minhas convicções em relação à arte".
A partir de então, deixou de pensar a qualidade da obra baseada no manejo realista das tintas e na associação da arte com o motivo. Sua pintura e sua escultura abandonaram os critérios escolares de composição e partiram para relações livres entre formas e cores.
Começou a projetar máquinas em que a cor se movia, caixas de telas com lâmpadas que se movimentavam por mecanismos acionados por motores, peças que exploravam as possibilidades tecnológicas da arte.
Segundo o crítico e amigo Mário Pedrosa, Palatnik "tornou as máquinas aptas a gerarem obras de arte". Foi o nascimento da Arte Cinética no Brasil.
Fonte: Enciclopédia Itaú Cultural
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