Filme Deus e o Diabo Na Terra Do Sol (Glauber Rocha, Brasil, 1964, 120 min.)
Deus e o Diabo na Terra do Sol é o segundo longa-metragem de Glauber Rocha e, ao lado de Vidas Secas (de Nelson Pereira dos Santos) e Os Fuzis (de Ruy Guerra), ambos de 1963, completa a tríade central da primeira fase do Cinema Novo, movimento cinematográfico com forte preocupação social, buscando produzir uma consciência de classe, sintetizada na famosa expressão “uma câmera na mão e uma ideia na cabeça”. É a obra que amplia a crítica de Glauber em relação à
exploração de sertanejos, colocando em prática os princípios da “estética da fome”.
O filme narra a história do vaqueiro Manuel, que se revolta contra a exploração imposta pelo coronel Moraes e acaba matando-o numa briga.
Perseguido por jagunços, foge com sua esposa Rosa e se junta aos seguidores do beato Sebastião, que promete o fim do sofrimento através do retorno a um catolicismo místico e ritual.
Protagonizado por Geraldo Del Rey, Yoná Magalhães, Othon Bastos e Maurício do Valle, o filme foi indicado à Palma de Ouro de Cannes em 1964, sendo motivo de elogios da Cahiers du Cinèma, principal revista de crítica cinematográfica francesa.
Deus e o Diabo na Terra do Sol é referência obrigatória no estudo do Cinema Brasileiro Moderno, no Brasil ou no exterior, e fomenta análises formais de imagem, som e narrativa, fixando o lugar da "estética da fome" na história cultural brasileira.
Crédito das fotos:
Fotos 1,2,4 e 5 Papo de Cinema www.papodecinema.com.br
FOTO 3 crédito: Banco de Conteúdos Culturais www.bcc.org.br
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